“ÍNDICES EUROPEUS E NORTE-AMERICANOS”: Sudoeste registra 7 homicídios e nenhum latrocínio entre 2015 e 2024; Cruzeiro teve 6 registros de assassinato no mesmo período

O primeiro Anuário de Segurança Pública do Distrito Federal, lançado pelo GDF, aponta baixos índices — em comparação com outras regiões administrativas — de homicídios, feminicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, além de óbitos por intervenção de agentes do Estado (policiais) nas regiões do Cruzeiro e Sudoeste/Octogonal nos últimos 10 anos.

Sudoeste e Octogonal registraram 7 homicídios entre 2015 e 2024, enquanto o Cruzeiro teve 6 assassinatos no mesmo período. Já as Asas Sul e Norte somaram 123 registros, e Ceilândia, 632 casos.

Quanto aos latrocínios, o Sudoeste e Octogonal não registraram nenhum caso em 10 anos. O Cruzeiro teve 3 registros, o último em 2016. Já o Plano Piloto contabilizou 11 casos, e Ceilândia, 44.

O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, classifica os números gerais do Distrito Federal como “índices europeus e norte-americanos”.

Confira abaixo os principais dados do levantamento, com foco na análise dos indicadores de mortes violentas intencionais compilados pelo Radar Sudoeste:

HOMICÍDIOS
Sudoeste e Octogonal registraram 7 homicídios entre 2015 e 2024, sendo o último em 2023. Já o Cruzeiro teve 6 crimes desse tipo no mesmo período, o último em 2022.

FEMINICÍDIOS
Cruzeiro, Sudoeste e Octogonal registraram 2 feminicídios cada nos últimos 10 anos. Os casos mais recentes ocorreram em 2022.

LATROCÍNIO (Roubo seguido de morte)
O Sudoeste e Octogonal não registraram nenhum caso em 10 anos. O Cruzeiro teve 3 latrocínios, sendo o último em 2016.

LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE
O Sudoeste e Octogonal tiveram 1 caso registrado, em 2019. No Cruzeiro, não houve registros entre 2015 e 2024.

MORTE POR INTERVENÇÃO LEGAL DE AGENTE DO ESTADO
Foi registrado 1 caso no Sudoeste e Octogonal, ocorrido em 2021. No Cruzeiro, não houve registros.

DESAPARECIMENTO DE PESSOAS (Comparativo entre 2023 e 2024)
O Sudoeste e Octogonal registraram 20 casos em 2024, queda de 9% em relação ao ano anterior. Já o Cruzeiro teve 18 registros, alta de 29%.

O delegado-chefe da 3ª DP (Cruzeiro), Victor Dan, considera “tanto o Cruzeiro quanto o Sudoeste como regiões com índices baixos de violência, em virtude do reduzido número de crimes registrados. Além de realizarmos operações contra os crimes violentos apontados pelo anuário, temos focado no combate aos estelionatos virtuais — muito comuns na região, especialmente com idosos como vítimas —, tráfico de drogas, entre outros delitos. Temos uma delegacia aberta à comunidade do Cruzeiro, Sudoeste, SIG, SIA e Octogonal, que pode fazer denúncias tanto presencialmente quanto pelo telefone 197 ou pelo WhatsApp, com preservação da identidade do comunicante.” O contato é (61) 98626-1197 e as mensagens podem ser enviadas 24 horas por dia.

O tenente-coronel Michello Bueno, responsável pelo 7° BPM (Sudoeste), afirma que a corporação tem atuado no combate a crimes graves, além de outros, como furtos, cujos registros caíram mais da metade. “A gente não tem só evitado homicídios, latrocínios, feminicídios, que são os crimes mais graves, mas até os crimes mais simples, como furtos. Nos quatro primeiros meses deste ano, houve uma redução de 55%. E a gente continuou reduzindo nos últimos dois meses. Vamos conseguir reduzir ainda mais, porque recebemos efetivo, vamos receber viaturas, estamos tendo treinamento”, diz o comandante, que considera a área uma das mais seguras do DF.

No geral, todo o DF registrou o menor número de homicídios em 2024, com uma média de 6,8 homicídios para cada 100 mil habitantes. O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, declarou que “esse é um número muito menor do que a média nacional e muito próximo dos índices europeus e norte-americanos”. Ele citou que os Estados Unidos possuem média de 6,9.

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